Em dia cinza e chuvoso, o vôlei de praia chega ao final
Nem a chuva foi capaz de parar os atletas na decisão do vôlei de praia
São José dos Campos está triste com a despedida da Surdolimpíada Nacional, evento organizado pela Confederação Brasileira de Desporto de Surdos (CBDS). A prova é que, após dias seguidos de muito sol, hoje o céu chora ao ter que dizer adeus aos eventos e seus grandes astros.
No Thermas do Vale, local onde foram realizadas as disputas do vôlei de praia, toda a atenção estava voltada para as duas quadras, onde aconteceu as decisões feminina e masculina. Duelos emocionantes entre Pernambuco e Rio Grande do Norte e Distrito Federal e Amazonas, respectivamente.
Apenas dois sets foram necessários para definir as campeãs entre as mulheres. Elizabeth Borges e Carolina Longman, representantes de Pernambuco, colocaram a sincronia de 10 anos de parceira em quadra e não deixaram o ouro escapar. Sempre na frente do placar, as vencedoras enfatizaram a importância da presença da modalidade no torneio.
“O vôlei de praia para surdos ficou parado por 5 anos. Estamos muito felizes de voltar a competir juntas, ainda mais em um torneio que é tão importante para a comunidade surda”, falou Elizabeth. “Muitas atletas acabaram migrando para o vôlei de quadra e, com isso, o vôlei de praia perdeu espaço. Mas esperamos que ele siga crescendo e ganhando mais atletas”, completou Carolina.
Ficaram com o segundo lugar a dupla do estado do Rio Grande do Norte, Joanna Fernandes e Márcia dos Santos. O bronze foi também para o Pernambuco com a dupla Eduarda Cavalcanti e Elk Franca.
Já no duelo masculino, foi preciso um set desempate. As duas equipes mostraram muita força e empenho, mas a experiência da dupla do Distrito Federal falou mais alto. Com o ouro no peito, Lincoln Barbosa e Walisson Carvalho, representantes do Distrito Federal, falaram sobre o evento e o que mais os motivou na competição.
“Nós temos uma parceria de 7 ou 8 anos. Faz tempo que treinamos e competimos juntos. Já fomos campeões em disputas regionais, mas é a primeira vez aqui. Viemos com a intenção de ganhar, porque recebemos uma bolsa atleta e queríamos demonstrar que ela é válida, para que novos incentivos aconteçam”, falaram os campeões.
Além deles, também levaram as medalhas: Joel Gomes e Caio de Souza, representantes do Amazonas, que ficaram com a prata. E a dupla do Rio Grande do Norte, Jorge Monteiro e Luis Augusto dos Santos, com o bronze.
A Surdolimpíada Nacional acabou, mas sua realização só foi possível graças ao patrocínio das Loterias Caixa e do Governo Federal, por meio do Ministério da Cidadania e da Secretaria Especial do Esporte, além da Prefeitura de São José dos Campos, que auxiliou em toda a logística da competição. Para o evento, a CBDS contou com o apoio da Helpvox.