Boliche entra para a história da Surdolimpíada Nacional
Esta foi a primeira edição da Surdolimpíada que teve a modalidade boliche
Ser campeão de um torneio como a Surdolimpíada Nacional é algo memorável, que marca a história do atleta. Mas ser o primeiro medalhista da modalidade dentro da competição é algo ainda maior, pois marca a história do esporte.
Essa é uma sensação que apenas Barbara Rossi (SP) e Rafael Marques (PB) podem descrever, pois eles foram os medalhistas de ouro na disputa feminina e masculina, respectivamente.
A Surdolimpíada, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Surdos (CBDS), segue até terça-feira, 7 de dezembro, em São José dos Campos. A cidade está acompanhando o torneio e com o boliche não foi diferente. Como a prova aconteceu em um shopping, muitas pessoas puderam acompanhar de perto a estreia da modalidade.
No feminino, o 3º lugar foi para Raquel de Souza (ES), a prata com Stephanny Querino (PB) e o ouro com Barbara Rossi, que falou um pouco sobre a experiência de disputar o torneio e a entrada do boliche como esporte.
“O boliche não é fácil como pensam. Tem todo um trejeito corporal, também tem o nervosismo e a concentração. Além disso, é muito importante essa emoção de ter todo mundo reunido, esse contato visual, poder bater papo com todos esses surdos, isso é primordial”, contou Barbara.
No masculino, a medalha de bronze foi para Afonso Loss (SC); a prata para Chrystian Marins (RJ); e o ouro para Rafael Marques (PE), que estava com a torcida de Pernambuco em peso.
“Essa é a primeira vez na minha vida que participo do torneio e eu sinto que no futuro eu me torne melhor. No começo eu estava muito tranquilo, porque não pensava em chegar à final. Mas fui passando as fases, me classificando e veio o nervosismo. Então falei: ‘calma, se concentra’. E consegui seguir com tranquilidade. Meu foco era ficar tranquilo e chegar na final”, contou o medalhista de ouro.
Mesmo sendo a primeira vez do boliche na competição, o nível dos competidores foi excelente e a organização se mostrou muito contente com o resultado. Na entrega das medalhas, a sensação era de dever cumprido e de festa.
A realização da Surdolimpíada Nacional só foi possível graças ao patrocínio das Loterias Caixa e do Governo Federal, por meio do Ministério da Cidadania e da Secretaria Especial do Esporte, além da Prefeitura de São José dos Campos, que auxilia em toda a logística da competição. Para o evento, a CBDS contará com o apoio da Helpvox.